terça-feira, 7 de setembro de 2010

Espetáculo da minha morte
















Afogada em lágrimas e lamentações
De uma vida sem sorte,
Fico assistindo, amedrontada,
Ao espetáculo da minha morte.
Sufocada em soluços,
Falo frases monossilábicas.
São blasfêmias reproduzidas,
Que no inconsciente ficaram guardadas.
Minha alma, andarilha,
Num labirinto de ossos, adormece,
Para descansar, serena,
Enquanto apodrece.
Estou no palco de um show de horrores
De uma vida em ruínas
Ou na platéia de um concerto triste,
De anjos líricos que desafinam.
Minha alma decadente
Em sono profundo não se refaz.
E eu, em minha sepultura,
Sei que não descansarei em paz...

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