terça-feira, 1 de junho de 2010

Cidade fria

A cidade está fria e só,
Suas ruas estão abandonadas.
Os prédios oprimem,
A garoa irrita
E a paisagem está desolada.
O som do vento é a música,
A sinfonia sombria e noturna.
As pessoas são decorativas,
Assombrações taciturnas.
Alguns carros passam ao longe,
Apenas faróis engolidos pelas trevas
Da noite.
A lua se extingue, aos poucos,
Em estado terminal,
Esvaindo, minguante.
O que resta de tudo é nada,
A apatia humana, os olhos vidrados.
A escuridão devora a cidade,
No abismo noturno,
Faz dela toda uma névoa
De borradas imagens.
Uma cidade-fantasma,
De pessoas-fantasma:
A quimera dos ciclos
Na cidade-masmorra.

4 comentários:

Anônimo disse...

Nossa que eprfeito. Que lindo.
Você escreve assim do nada ou já os tem guardados?
Você me fez lembrar uma coisa que escrevi um dia.


"Experiencia de Quase vida"





Os gênios da arte,

sofridos

Os gênios da vida

mortos

Os genios da morte

vivos

Os gênios mudos

gritam

Os gênios falantes

Tédio

È.

gênios ou profetas?

Eles...

eu, nós

Todos nós!

Vivos?

Ou quase?

Carina Prates disse...

Obrigada, Li!
A maioria e' de arquivo mesmo, mas esse eu fiz na aula, segunda-feira.

Adorei o que escreveu, e gostei muito do nome tambem, gostaria de ver mais seus escritos.

Anônimo disse...

Obrigada :)

Essa é uma das poucas coisas pequenas que escrevi.
Um dia te mostro mais coisas, embora eu morra de vergonha de tudo. kkkkkk

Carina Prates disse...

Vergonha do que?? Escreve bem!!

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