segunda-feira, 3 de maio de 2010

Deixe o mal vencer

A respiração suspensa,
Os olhos injetados,
O cigarro aceso.
O desgosto, o desânimo,
As noites em claro,
Os sonhos que já não fazem sentido,
Os anseios, todos perdidos.
O baralho espalhado,
Num jogo solitário.
O copo. Cheio. Vazio.
Sem remorsos.
Todos os questionamentos despertos,
Todas as soluções descartadas.
Foda-se! Quero a morte!
Não escrevo, pinto ou desenho.
Pra que desperdiçar talentos?
Apenas a Senhora Implacável
É o que merecemos.
Dou meus talentos a quem merece,
Jogo-os no lixo.
Queimo o diploma que ainda não tenho,
Uma formação sólida em nada...
Para nada.
Não vou continuar lutando
Contra a nossa maldade.

6 comentários:

Carina Prates disse...

Num dia de revolta, pra variar.

Anônimo disse...

tirou as palavras da minha boca, senhorita!

Anônimo disse...

alías, essas revoltas....são internas...porque externamente...estamos sempre quase desistindo...mas nunca desistimos..até agora...

Carina Prates disse...

O meu maior conflito está entre resistir, desistir ou lutar, enfim, há dias de luta e dias de morte(interior).

Anciã disse...

A revolta é inspiradora :)

Carina Prates disse...

É... pelo menos ela serve pra alguma coisa. hahaha

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