segunda-feira, 19 de abril de 2010

A queda

Tendências perversas
Inundam meu ser.
O gosto amargo da derrota
Está disposto a vencer.
A luta é acirrada,
Me desespero, me debato.
Compassos mortíferos,
Movimentos ritmados.
Coisas inimagináveis passei a fazer,
A tentação pecaminosa me fará descer.
O pecado me escraviza,
A autopiedade me abandona;
Condeno-me a ruir
Como a antiga Babilônia.
O sangue escorre em minha roupa,
O perverso me seduz.
Subirei para onde aponta,
O metal daquela cruz?
Meus sentimentos viram pedras,
Como as muralhas do meu ser;
Torno-me inatingível,
Apesar de não vencer.
Manipulada pelo desespero
E por mesquinhas paixões,
Travo uma luta estúpida
Com as minhas convicções.

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